Há muitas possibilidades de você possuir um "segredo" muito bem guardado... Eu particularmente "omiti algumas verdades" que são guardadas até hoje sem a mínima preocupação em divulgar ou me "entregar".
Em um golpe rápido abri a bíblia e: Não há mal que fique em oculto. Uma hora ou outra a verdade vem à tona... Em outro mais veloz a fechei.
Em um golpe rápido abri a bíblia e: Não há mal que fique em oculto. Uma hora ou outra a verdade vem à tona... Em outro mais veloz a fechei.

Sou filha única, perdi meus pais muito cedo e aprendi a ser auto-suficiente. Nunca precisei de ninguém, meus pais se foram, mas me deixaram muito bem financeiramente e sempre fui instruída a colocar os estudos acadêmicos em primeiro lugar.
Aos 28 anos já era Formada em Economia, Pós Graduada e estava iniciando o Doutorado. Escolhi trabalhar em minha área de formação por vontade própria, pois financeiramente nunca precisei.
Ele era o filho do dono do escritório, nos conhecíamos há algum tempo, mas não tínhamos amizade. Uma bela tarde se aproximou de mim e perguntou: Você vai à festa de aniversário da Kiki hoje? Respondi que não. A menina ouviu e disse: Se não for não te perdôo. Ele completou: Ela vai sim, que horas posso te pegar, você me concede a honra de sua companhia? Fiquei sem graça de falar não e respondi: as 22, pode ser? - combinado! Sorriu e saiu.
Sempre separei a vida pessoal da vida profissional, apesar de 3 anos no escritório, não nos conhecíamos de verdade. Minha vida sempre foi um livro de páginas fechadas. Penso que inconscientemente havia um bloqueio automático dentro de mim, que não permitia muita aproximação com as pessoas.
Exatamente no horário combinado, ele chegou e fomos para o aniversário. Ele sabia meu endereço, pois já havia me deixado em casa uma vez. No carro conversamos pouco e ele estava aparentemente nervoso, de repente por timidez.
Deste dia em diante, nos aproximamos cada vez mais até que começamos a namorar. Ele nunca havia bebido muito na minha frente, até o segundo dia após o nosso casamento. Onde conheci o demônio que havia dentro dele.
Impressionante, ele era muito doce, carinhoso, inteligente, querido por muitos e neste dia se transformou. Já iniciou o café da manhã com uma garrafa de conhaque, que em menos de uma hora bebeu inteira. Numa questão de poucos minutos, após o fim da primeira garrafa, ele olhou para mim e falou: você bebeu tudo, abre a garrafa de uísque agora ou vou te matar. Antes de eu falar a segunda palavra, ele partiu para cima de mim com golpes de socos.
Estávamos em lua de mel, mas pedi para voltar para casa. Ele concordou, e pediu para eu ficar calada, não falar uma palavra para ninguém do havia acontecido, pediu desculpas e disse que nunca mais beberia.
Me apeguei muito a ele, pensei que poderia ajudá-lo a se livrar do álcool. Doce ilusão! Cada dia que passava era pior, eu batia de frente e no outro dia ia trabalhar com olho roxo. O pai percebeu e disse o que sabia o que estava acontecendo, não falei nada e ele continuou: Meu filho sempre teve problemas com a bebida, o internei por 1 ano e como estava há muito tempo sem beber, acreditei ter se recuperado.
Mas, o pior estava por vir, depois de 1 ano de relacionamento, ele parou de beber, mas, continuava cada vez mais agressivo. Pensei que havia surtado, ou que poderia ser abstinência. Na verdade ele estava usando cocaína. Eu o aconselhava a parar, ameacei pedir o divórcio e com a minha ameaça fui jurada de morte. Esse juramento se tornou constante, todas as vezes que ele usava a droga, olhava para mim e dizia: Dessa noite você não passa, quando você dormir eu te estrangulo. Passei noites aterrorizantes em claro, pensando como sairia viva dessa.
Ele tinha dois sobrinhos lindos. Passando em frente a uma loja, entrei para comprar o presente do dias das crianças. Foi aí que olhando para um brinquedo, tive a idéia de como salvar a minha vida. Era a réplica perfeita de uma pistola.
Comprei os brinquedos e segui para o segundo passo da minha possível liberdade, consegui comprar 100 gramas de cocaína. Quando ele chegou, eu já estava em casa, possuída e transtornada... Não pela droga, mas pela vontade de viver em paz. Percebi pelos olhos que ele já estava sob efeito.
- Você quer jantar? – NÃO! - Então você vai adorar a sobremesa. – Eu já disse que não quero nada! – Em um blefe, apontei a arma para ele e falei: Se der um passo eu atiro em você. – Você está louca? – cala a sua boca seu idiota e abre esse saquinho, aí tem cocaína e eu quero você cheire tudo.
- Mas, tem muito pó, eu vou morrer de overdose. As overdoses de cocaína são rapidamente fatais. – você vai morrer, porque se não cheirar tudo, atiro em você. Falei muito segura, ele pela primeira vez abaixou a cabeça. Começou a cheirar, não sei exatamente quanto inalou, mas a morte foi rápida. Em seu laudo pericial constata morte por overdose.
Por: Nicolly Andrade
fiquei até com medo agora...mas muito bom o texto e a história
ResponderExcluirÉ uma história fictícia. Se analisar os fatos, há falhas... Jamais um homem, além do mais sob efeito psicotrópico, iria abaixar a cabeça e não reagir. Ela morreria primeiro.
ResponderExcluirMas exatamente por estar sob efeito da "farinha" (que causa alucinação, sensação de perseguição, de perigo iminente), que ele sim, usaria tudo.
ResponderExcluirGostei, leitura fácil e diferente do que se lê em outros sites.